FENASPS participa de manifestação pela redução de juros e fim da independência do BC
A FENASPS participou nesta terça-feira, 14, de uma manifestação em frente à sede do Banco Central (BC), em Brasília, exigindo a redução dos juros no país, e contra a independência do BC. A Federação foi representada pelos diretores Moacir Lopes, Laurizete Gusmão e Luciano Véras. Veja na galeria abaixo:
Além de Brasília, atos ocorreram em pelo menos outras nove capitais do país: Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Curitiba/PR, Fortaleza/CE, Porto Alegre/RS, Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA e São Paulo/SP.
Vale ressaltar que diversas entidades representativas de bancários e demais instituições que defendem a redução dos juros no país, como a Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), estão nas ruas para dar uma resposta aos rentistas. A ACD, inclusive, divulgou recentemente um artigo em seu site afirmando que não existe justificativa técnica para os juros abusivos do Banco Central. Clique na imagem abaixo para ler o artigo.
O principal objetivo da manifestação desta terça, 10, é para marcar posição contra a alta da taxa de juros definida pelo Banco Central, contra a gestão de Roberto Campos Neto – presidente da estatal e indicado por Jair Bolsonaro para um mandato até 2024 – e contra a independência da autarquia.
A política de juros altos, mantida pelo presidente do BC, é importante frisar, aumenta os juros do cartão de crédito, diminui o financiamento, inibe o consumo, mas aumenta principalmente o lucro dos rentistas, que ganham em cima dos juros.
Para o bem do país e da sua população, deve-se exigir já a estatização de todo sistema financeiro nacional e seu controle pelo povo, bem como a reestatização das empresas privatizadas desde o golpe de 2016.
Campanha pelo limite dos juros
Em julho de 2022, a FENASPS participou do lançamento da Campanha pelo Limite de Juros no Brasil, capitaneada pela Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), com o apoio de mais 60 entidades. Relembre aqui o lançamento da campanha.
O movimento defende a aprovação de projeto de lei apresentado pela ACD à Câmara Federal em junho de 2022, que propõe alteração na Lei 1.521/1951, para limitar as taxas de juros no país, como ocorre em mais de 70 países.
Por meio desta campanha, a ACD e entidades apoiadoras conseguiram a apresentação no Projeto de Lei Complementar (PLP) 104/2022, que foi apensado ao PLP n° 52/2003, que está aguardando parecer do relator na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados.
JURO ALTO TRAZ PREJUÍZOS À SOCIEDADE
Os juros altos amarram a economia brasileira pois impedem a correta circulação do dinheiro para que gere riqueza e renda para a sociedade. Os juros altos são o principal fator de crescimento da dívida pública em todas as esferas (federal, estadual e municipal), afetando negativamente as contas públicas.
São, também, o principal fator de quebra das empresas, aumentando o desemprego, gerando escassez e barbárie social. A maioria das famílias brasileiras se encontra endividada e não conseguem saldar essas dívidas porque elas se multiplicam, devido aos juros elevados demais.
A ACD ressalta que o engajamento geral da sociedade somente será alcançado se as pessoas tomarem conhecimento da real possibilidade de limitar os juros no Brasil, como já ocorre em quase 80 países.
Para isso, é preciso que seja intensificada a participação efetiva de todas as pessoas e entidades que tomam conhecimento da campanha e passem a divulgá-la de todas as formas possíveis, utilizando o selo da campanha em suas publicações (informativos, jornais, etc.); curtindo e compartilhando as postagens diárias da campanha, que estão sendo feitas nas redes sociais da Auditoria Cidadã da Dívida, no Twitter, Facebook e Instagram, além de divulgar o site da campanha (www.auditoriacidada.org.br/limite-dos-juros) e a hashtag #LimitedosJurosJá.
*Com informações do portal CausaOperária, do jornal Monitor Mercantil e do site da ACD.