Fenasps

quarta-feira, 14/05/2025

Via ofício, FENASPS solicita suspensão do ciclo de avaliação da GDASS ao presidente do INSS

Sede do Instituto Nacional do Seguro Social em Brasília (foto: Divulgação/INSS)

A FENASPS protocolou um ofício na Presidência do INSS nesta quarta-feira, 14 de maio, solicitando ao novo presidente da autarquia, Gilberto Waller Júnior, a suspensão do ciclo de avaliação da GDASS, conforme debatido em reunião do CGNAD realizada nessa segunda, 12.

Além disso, a FENASPS solicitou a suspensão das eleições para escolha de representantes da Carreira do Seguro Social e do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) para atuação nas Comissões de Avaliação de Recursos (CAR), Comitês Gestores Regionais de Avaliação de Desempenho (CGRAD) e Subcomitês de Avaliação de Desempenho (SAD).

No ofício, a FENASPS argumenta que a suspensão do ciclo da GDASS é necessária pelo fato de que o atual modelo de gestão impõe riscos jurídicos e operacionais aos servidores. Nessa esteira, a FENASPS reivindicou a urgente rediscussão do modelo de gestão do INSS, cuja lógica produtivista e punitiva fragilizou a segurança institucional dos processos, contribuindo para a eclosão da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal.

Reputação duvidosa

Ainda no ofício, a FENASPS apontou que o modelo de gestão herdado da administração anterior – marcada por acordos com entidades de reputação duvidosa, terceirização e imposição de metas descoladas da realidade – produziu resultados desastrosos e que foi diretamente responsável pela fragilização da segurança dos processos internos que culminaram na “Operação Sem Desconto” pela Polícia Federal.

Além disso, a fila de requerimentos cresce exponencialmente, já ultrapassando dois milhões de processos, com possível subnotificação diante da ausência de transparência na divulgação dos dados oficiais e a explosão do número de casos de adoecimento dos servidores sobrecarregados pela política de metas de produtividade.

Também, a lógica produtivista implementada tem reverberado na qualidade das análises do reconhecimento de direitos, gerando retrabalho no âmbito administrativo, aumento de requerimento de recursos e judicialização do INSS, onerando substancialmente os cofres públicos.

A FENASPS acrescentou que o legado da gestão anterior é de um perfeito caos institucional, aprofundado por um desmonte estrutural do INSS e que vem sendo mantido por gestores nomeados pelo ex-Presidente mantidos no cargo, que inclusive foi alvo da referida operação da Polícia Federal.

Por fim, a FENASPS encerra o ofício concluindo que, num cenário de colapso institucional, desmonte administrativo e insegurança jurídica, é inviável, injusto e tecnicamente irresponsável manter avaliações de desempenho que podem acarretar prejuízos financeiros e psicológicos aos servidores.

Confira abaixo a íntegra do ofício:

Últimas notícias

terça-feira, 15/07/2025 FENASPS e entidades resistem à reprimenda da PM/DF em ato contra a contrarreforma administrativa no aeroporto de Brasília Representantes da FENASPS e de diversas entidades estiveram presentes no aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, na manhã desta terça-feira, 15 de julho. Na ...
segunda-feira, 14/07/2025 Na Câmara, FENASPS participa de ato contra a reforma Administrativa e denuncia medidas infralegais que tiram direitos dos trabalhadores Nesta segunda-feira, 14 de julho, a FENASPS participou de um ato público (fotos e vídeos abaixo) no Anexo II da Câmara dos Deputados, em ...
segunda-feira, 14/07/2025 Taxar os super ricos é uma medida justa e necessária NÃO TENHO DÚVIDA DA NECESSIDADE DE TAXAR OS SUPER RICOS. MAS PRECISAMOS DE UM PROJETO DE PAÍS. A Auditoria Cidadã alerta, conforme nossos estudos. ...