FENASPS se solidariza com aposentados argentinos, agredidos pela polícia em manifestação em Buenos Aires

A Diretoria Colegiada da FENASPS se solidariza com aposentados argentinos que foram brutalmente agredidos pela polícia da gestão presidencial de Javier Milei, quando exerciam o direito democrático de realizar uma manifestação nessa quarta-feira, 12 de março.
É tradicional em Buenos Aires que em toda quarta-feira ocorra uma mobilização de aposentados, em protesto contra a deterioração do seu poder aquisitivo, principalmente após a queda brutal de seus benefícios nos primeiros meses da presidência de Milei.
Em um vídeo divulgado na redes sociais pelo Colectivo SHOK (veja abaixo) é possível assistir a pessoas idosas sendo violentamente espancadas e arrastadas no asfalto pela polícia, que revelam o resultado e as consequências de uma gestão de extrema direita.
As marchas semanais dos aposentados contam com o apoio de movimentos sociais e torcidas organizadas, reivindicando reajuste em seus proventos diante da queda do poder aquisitivo decorrente das recentes medidas econômicas do governo de Milei. Na pauta dos manifestantes também está o restabelecimento da entrega de medicamentos gratuitos, já que o governo triplicou o preço dos remédios.
Prisões
A Justiça argentina determinou no dia seguinte às agressões, 13 de março, a libertação de 114 dos 150 presos na manifestação por considerar que “não foi comprovado delito que justificasse a detenção“.
A juíza argentina acrescentou que “atendendo ao pedido da defesa, analisei as informações prestadas e entendo que, com relação às prisões relatadas, está em jogo um direito constitucional fundamental: o direito de protestar, de se manifestar em uma democracia, o direito à liberdade de expressão”.
Aqui, assim como lá
No Brasil, os trabalhadores, públicos e privados, igualmente têm de enfrentar os ataques às aposentadorias e a seus direitos. Alguns setores já indicam que são “imprescindíveis” novas reformas da previdência, trabalhista e administrativa, ou seja, o capital e os setores conservadores pretendem avançar ainda mais nos direitos da classe trabalhadora.
Todo apoio à luta dos aposentados argentinos, que também é a luta dos aposentados brasileiros pela sobrevivência!
*Com informações da Carta Capital.