Em mais um 8 de Março, FENASPS se coloca lado a lado com as mulheres trabalhadoras!
Mundialmente, o dia 8 de Março marca a história da mulher trabalhadora e traz reflexões sobre o seu lugar no mundo, seus direitos e suas conquistas, não somente no campo do trabalho, mas também nas suas relações e interações sociais. É neste dia que ficam mais em evidência as pautas do feminismo e da luta contra o patriarcado.
A chamada “modernização do Estado”, que se aprofunda nos últimos anos, especialmente com o uso das tecnologias e a adoção do teletrabalho, na realidade, tem implementado formas modernas e arcaicas de exploração do trabalho. Para as mulheres, estas medidas são ainda mais nocivas. Agora, elas precisam conciliar concomitantemente múltiplas jornadas (não somente duplas ou triplas) – muitas vezes além do que é humanamente possível.
As políticas neoliberais, que no atual governo têm como principal instrumento o novo arcabouço fiscal, atingem todo o serviço público brasileiro, desmontando políticas públicas fundamentais para a classe trabalhadora. Os(as) trabalhadores(as) da Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social, base da FENASPS, são visceralmente impactados, com a precarização e intensificação do trabalho.
No INSS, por exemplo, a gestão do INSS recentemente editou a Portaria 1.800/2024, instituindo unilateralmente o Programa de Gestão e Desempenho (PGD) de forma obrigatória, punindo severamente os trabalhadores e trabalhadoras, e principalmente as mulheres.
A portaria extingue a jornada de trabalho no INSS, em um flagrante desrespeito ao Regime Jurídico Único (RJU). Vale lembrar que, segundo pesquisa, o PGD no INSS é um dos mais perversos para os trabalhadores e trabalhadoras da Administração Pública Federal.
Para as trabalhadoras na Saúde, a precarização das condições de trabalho e o avançado processo de privatização e terceirização têm significado a redução dos salários e desmonte das carreiras. Sem contar, ainda, que boa parte do trabalho de cuidado com doentes é realizada pelas trabalhadoras da Enfermagem, expostas a riscos biológicos e muitas vezes em péssimas condições de trabalho.
As trabalhadoras aposentadas do ramo da Seguridade Social, muitas vezes, precisam se manter na ativa com outro trabalho para conseguirem manter o sustento, sendo comum a aposentadoria ser a única renda disponível para sustento da família.
Para saber mais
Confira aqui um infográfico produzido pelo Dieese que traz dados sobre a ocupação das mulheres trabalhadoras no país, em nível nacional e separado por regiões brasileiras.
LUTA COLETIVA
A mulher nunca é apenas uma: ela é trabalhadora, mãe, companheira, lutadora, militante. Mas, acima de tudo, ela é humana, e é responsabilidade dos homens se posicionarem ao seu lado para superar todas essas barreiras.
A desconstrução do patriarcado só ocorrerá por meio da construção de alternativas que superem as desigualdades inerentes ao capitalismo. A FENASPS está nessa luta há mais 40 anos e se coloca à disposição das mulheres trabalhadoras para construirmos um novo mundo – parafraseando Rosa Luxemburgo – onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.
As mulheres do Seguro, da Seguridade Social e da Anvisa estão unidas na busca por equidade, respeito em todas as suas formas e valorização, englobando todas: as ativas, aposentadas e pensionistas. Seguiremos juntas!
LUTE COMO UMA MULHER!