O Brasil deixa morrer seus defensores!
Bruno Pereira (imagem acima) era servidor público da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e comandava a Coordenadoria-Geral de Índios Isolados. Nessa época ele ficou famoso por chefiar a maior expedição para contato com indígenas isolados em 20 anos.
Este servidor público indigenista denunciou ações de garimpeiros em região de índios isolados como a reserva Yanomami e também manifestava sua insatisfação com a entidade por haver frequentes cortes orçamentários na coordenadoria.
Após ações efetivas contra o garimpo, Bruno foi exonerado sem motivos técnicos, a suspeita é que sua demissão tenha relação política. Em entrevista ao jornal Brasil de Fato, ele faz duras críticas a nova gestão constituída pelo governo do Bolsonaro:
“As pessoas que estão dentro da Funai nunca trabalharam com indígenas na vida, as pessoas não entendem o que é uma discussão indigenista. Eu sinto que há um ranço, rancor, são medidas vingativas. Isso está minando o trabalho indigenista.”
Bruno Pereira, indigenista e servidor da Funai
Já exonerado do cargo, Pereira se juntou a uma ONG Unijava (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) para continuar estudando os povos originários e garantir sua proteção.
Nessa segunda-feira, 13, servidores públicos da FUNAI anunciaram greve e na nota esclarecem que o motivo principal é a garantia de segurança aos trabalhadores: “O Presidente da Funai, Marcelo Xavier, se recusou a garantir a segurança dos servidores e ainda caluniou e criminalizou o servidor Bruno Pereira, os servidores do Vale do Javari, e a UNIVAJA.”
Seu assassino confesso admitiu o crime nesta quarta-feira, 15 de junho. A pergunta que fica é: quem mandou matar Bruno e Dom?
Isso acontece quando o serviço público é operado por interesses políticos com a finalidade de beneficiar o establishment nacional mesmo que o preço seja o genocídio indígena, a crise ambiental e a insegurança para aqueles que pretendem lutar a favor do povo brasileiro.
Justiça por Bruno e Dom!