Fenasps e entidades fazem manifestação nesta terça, 18, por recomposição salarial
Desde o final do ano passado, quando Bolsonaro anunciou pretensão de conceder reajuste em 2022 apenas a carreiras da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), servidores federais se mobilizam para reivindicar recomposição salarial linear.
Há cinco anos sem qualquer reajuste, a maioria dos servidores do Executivo protesta diante da postura do governo que, além de tudo, não abriu qualquer canal de diálogo para discutir a questão.
A Fenasps, juntamente com diversas outras entidades sindicais (veja a lista completa na imagem acima), vai participar de um ato – convocado inicialmente pelo Fonacate – nesta terça-feira, dia 18 de janeiro, em Brasília. Outras entidades do Fonasefe também devem aderir à manifestação. Na pauta, os servidores vão reivindicar recomposição salarial e abertura de diálogo com o governo.
A partir das 10 horas está previsto também um ato em frente ao Banco Central onde servidores também discutem a entrega de cargos e o início de uma greve em protesto ao orçamento 2022 e sinalizações do governo de tratamento diferenciado apenas a algumas categorias.
Outros ataques
Além da luta por reajuste salarial, os servidores(as) continuam na luta para derrubar a reforma Administrativa (PEC 32) de Bolsonaro e Paulo Guedes, que, na prática, representa o fim dos serviços públicos brasileiros.
A proposta promove o desmonte do serviço público e passa atribuições do Estado a empresários, além de lotear os cargos públicos com apadrinhados políticos. Os servidores também rejeitam a Emenda Constitucional (EC) 95, que congelou os investimentos públicos no país por 20 anos desde 2016.
Outro objetivo das mobilizações em torno do reajuste salarial é o de ampliar o debate com todos os(as) servidores(as) para que se consolide a mesma unidade construída em torno da luta contra a PEC 32, que será intensificada em 2022. Foi essa unidade que conseguiu impedir a aprovação da reforma em 2021.
*Com informações da Condsef.