Enquanto vacina pelo SUS atrasa, Bolsonaro prioriza autorização a clínicas privadas
Nessa segunda-feira, dia 4 de janeiro, o Ministério da Saúde anunciou que as clínicas de saúde privadas deverão respeitar a ordem dos grupos prioritários na fila da vacinação contra a COVID-19 se quiserem vender vacinas.
Essa declaração, que pode parecer uma restrição significativa a essas clinicas, na verdade é o contrário disso. Em outras palavras, o governo está autorizando as clínicas privadas a vender doses – caso a pessoa tenha condições de pagar – com a única condição dos grupos prioritários terminarem de ser vacinados antes.
Assim, num país tão desigual como o Brasil, a declaração abre brechas para os ricos serem imunizados antes do restante da população. Em outras palavras, vão furar a fila da vacina do SUS apenas porque possuem mais dinheiro.
A declaração que o Ministério da Saúde deveria emitir é o anúncio de um plano nacional de imunização efetivo, a compra de doses e insumos hospitalares para atender a todos de forma gratuita e a contratação de profissionais de saúde para aplicar este plano.
Além disso, o governo deveria proibir as clínicas privadas de comercializar as vacinas paralelamente e punir aqueles que tentarem furar a fila. A permissão de que essas clínicas comercializem a vacina vai dificultar a compra de doses pelo poder público devido à diminuição da oferta, além de inflacionar os preços desses medicamentos, elitizando o processo de imunização.
Sem contar que um plano de vacinação não integrado pode fracassar devido às mutações do vírus. A vacinação contra a COVID-19 deve ser monopólio do Estado brasileiro, pois é seu dever e é um direito do cidadão.
Exigimos um plano nacional de imunização efetivo, a compra de doses e insumos para toda a população e a proibição da venda paralela de vacinas aos que pretendem furar a fila do SUS apenas por poderem pagar.
Campanha
A Fenasps iniciou no dia 16 de setembro de 2020 a divulgação de uma campanha de mídia contra a contrarreforma Administrativa, apresentada pelo governo duas semanas antes. Esta campanha é promovida pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e suas entidades, dentre elas a Fenasps. Saiba mais aqui.
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