Fenasps

quinta-feira, 20/03/2014

Federais protestam para exigir atendimento das reivindicações

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Fenasps e mais 14 entidades nacionais compuseram a mesa no Planejamento (clique para ampliar) 

 

A campanha salarial dos Servidores Públicos Federais ganhou novo fôlego com a entrada em greve dos trabalhadores Técnico-administrativos das universidades federais, que paralisaram 30 unidades em todo o país.

 

Nessa terça-feira, 19 de março, mais de mil servidores do Brasil todo realizaram Ato Público em frente do Ministério do Planejamento para exigir resposta do governo à pauta de reivindicações entregue no ato de lançamento da Campanha Salarial, realizado em fevereiro.

 

Depois de muita pressão, 15 Entidades Nacionais presentes no ato realizaram uma audiência com o secretário de Relações de Trabalho do Planejamento, Sérgio Mendonça, e a equipe de negociação do governo para tratar das reivindicações.

 

Ministra do Planejamento não dialoga com servidor
Os representantes das entidades nacionais cobraram do governo a abertura efetiva de negociação das reivindicações dos servidores, pois a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, não recebe e nem dialoga com trabalhadores; recebe apenas os empresários, latifundiários e banqueiros.

 

Em quatro anos ocupando o cargo, a ministra recebeu os servidores uma única vez em abril de 2011. Seria necessário o governo ter mais consideração com os trabalhadores do serviço público e estruturar de fato um processo de negociação que permita tratar das reivindicações dos servidores em caráter permanente.

 

Fomos taxativos, dizendo que a inflação do período (qual?) medida e projetada pelo DIEESE até final de 2014 está na média de 25%, portanto muito superior aos 15% conquistados na greve realizada em 2012.

 

Hoje o governo gasta apenas 4,75% do PIB, ou 30% da Receita Corrente Líquida, com a folha de pagamento do funcionalismo federal, muito inferior aos 5,5% gastos nos governos anteriores na década de 1990.

 

Junta-se a isso os benefícios com valores congelados desde 1998, criando disparidades dentro do Poder Executivo e entre este e os outros poderes de Estado. O tíquete-alimentação, por exemplo, dos servidores do Legislativo e Judiciário é mais que o dobro do valor que os servidores do Executivo recebem.

 

Mendonça e sua velha cantilena
O secretário Sergio Mendonça, utilizando da velha cantilena, disse “nunca antes na história deste país” um governante tratou com tanto respeito os Servidores Públicos e não iria enganar ninguém na mesa de negociação, mas adiou a resposta da pauta, se comprometendo a enviá-la até final de março.

 

Porém, disse que “se existir alguma possibilidade” de o governo atender às reivindicações dos trabalhadores, poderia ser nas questões de benefícios sociais, mas não quis adiantar nenhum valor ou qual seria o período para isso vir a ser concedido. Mendonça ainda reafirmou que, por decisão do governo, as negociações com as entidades serão feitas pela Secretaria de Relações de Trabalho.

 

A posição do governo é liberar dinheiro para FIFA fazer a festa na Copa do Mundo, deixando os trabalhadores ao total abandono, alegando não ter verbas para reajuste salarial nem para atender às reivindicações dos servidores.

A avaliação das entidades é favorável unanimemente à saída dos servidores às ruas e intensificar a mobilização construindo a greve, pois sem a luta direta não teremos atendimento das reivindicações.

 

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