Fenasps participa de vigília no Aeroporto de Brasília e reforça a luta contra a Reforma Administrativa

Nesta terça-feira, 9 de setembro, a Fenasps esteve mais uma vez no Aeroporto de Brasília participando da vigília organizada pelo Fonasefe, atividade que ocorre semanalmente às terças-feiras. Servidores e servidoras receberam os parlamentares com faixas, palavras de ordem e o recado que já se tornou marca da mobilização: “Se votar, não volta!”.
A ação busca pressionar os deputados e alertar os trabalhadores sobre os efeitos da Reforma Administrativa, projeto que representa um ataque frontal aos serviços públicos. Se aprovada, a proposta significará a precarização das carreiras, a redução de direitos e a abertura ainda maior para a privatização, atingindo principalmente a população trabalhadora que depende de saúde, previdência, educação e assistência social.
As atividades em Brasília são fundamentais, mas a Fenasps destaca que para barrar a reforma, é imprescindível que as categorias estejam organizadas nos locais de trabalho envolvendo servidores de todas as esferas – federal, estadual e municipal. Só assim será possível derrotar mais este ataque.
Governo demonstra “alinhamento” à reforma administrativa do centrão e da direita
A mobilização ganha ainda mais importância diante das declarações recentes da ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck. Em audiência no Grupo de Trabalho da Reforma Administrativa, no Congresso Nacional, a ministra afirmou que o governo está “alinhado com a maioria dos pontos da reforma”. Ao mesmo tempo em que buscou suavizar o debate ao falar em “transformação do Estado” em vez de “reforma”, deixou claro que há acordo com a lógica defendida por setores do parlamento que querem impor metas rígidas, retirar direitos e submeter os servidores a critérios produtivistas que já têm levado ao adoecimento no INSS e em outros órgãos.
Para a Fenasps, essa posição é inaceitável. Um governo que se elegeu com o apoio da classe trabalhadora não pode chancelar uma agenda que enfraquece os serviços públicos e atinge diretamente quem atende a população do país. Ao se alinhar com os interesses do Congresso e adotar um discurso de “modernização”, a ministra acaba legitimando o mesmo projeto de desmonte neoliberal defendido pelos governos anteriores.
A Fenasps alerta: não há “transformação positiva” possível se o resultado for a perda de direitos, a privatização e a precarização do trabalho. O que está em jogo é a própria sobrevivência do serviço público.
A luta continua
A Fenasps reafirma que seguirá firme nas ruas, no Congresso e, sobretudo, nos locais de trabalho, junto da categoria. Só com mobilização nacional, unificando servidores federais, estaduais e municipais, será possível derrotar a Reforma Administrativa e garantir um serviço público universal, de qualidade.
Veja as fotos e vídeos da atividade.

