Ditadura nunca mais!
Há aquelas datas que existem para se celebrar; outras, para nos colocar em um estado reflexivo, e até mesmo aquelas que marcam tristes acontecimentos, como massacres e tragédias. O dia 31 de março, porém, é um dia para se rechaçar.
No dia 1º de abril de 1964, um grupo de militares apoiados pela agência estadunidense CIA destituiu o presidente eleito João Goulart em um golpe que impôs uma ditadura que perdurou por mais de 20 anos no Brasil. Os militares envolvidos no golpe de 64 e no subsequente regime autoritário sequestraram, torturaram e assassinaram brasileiros – paradoxalmente – “em nome da democracia” e do “Estado de Direito”.
Ainda que os apoiadores do golpe queiram cinicamente descolá-lo 1º de abril por este ser popularmente conhecido como “o Dia da Mentira“, sabemos que ainda há muito o que ser revelado, e muitas mentiras são contadas até hoje sobre este período. É fato que o Brasil empobreceu, se endividou e que a desigualdade social atingiu níveis desastrosos.
O que havia de mais retrógrado na sociedade da época se juntou na trama: militares, CIA, políticos conservadores e grandes empresários do jornalismo, como as famílias Mesquita, Marinho, e Frias, donas dos jornais Estadão, O Globo, e Folha de S. Paulo, respectivamente, que apoiaram o golpe em seu início.
Hoje, esse grupos de comunicação mudaram de tom, apoiando a democracia plural, ainda que permaneçam apoiando uma pauta, em geral, conservadora e antiprogressista. Grande parte da sociedade, inclusive, mudou de opinião quando vieram à tona as atrocidades cometidas pelos militares com a promulgação da lei que criou a Comissão Nacional da Verdade (CNV), em 2012.
Porém, 61 anos depois, ainda há aqueles que defendem esse período nefasto da história deste país. Por isso, o dia 31 de março é uma data para ser rechaçada, e para que se busque a punição daqueles que se envolveram nos atos bárbaros cometidos nos anos 1960 no Brasil. Ainda estamos aqui!
Para que ninguém esqueça; para que nunca mais aconteça!
DITADURA NUNCA MAIS!