Nota de Apoio ao MST – Assentamento Olga Benário
Nessa sexta-feira, 10 de janeiro de 2025, o Assentamento Olga Benário, localizado em Tremembé, região do Vale do Paraíba, em São Paulo, foi palco de um ato de extrema violência. Um grupo armado invadiu o local e assassinou friamente Valdir do Nascimento, conhecido como Valdirzão, liderança respeitada do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com vários tiros na cabeça. Também foi morto Gleison Barbosa de Carvalho.
A Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (FENASPS), reafirmando seu compromisso com a defesa da classe trabalhadora – tanto no campo quanto na cidade – repudia veementemente mais este ataque brutal e covarde contra o MST.
Em tempos de avanço de discursos de ódio, da extrema direita e do fascismo, torna-se indispensável uma ampla investigação deste crime bárbaro. É necessário que os culpados, não apenas os executores, mas também aqueles que podem ter financiado este ataque, sejam identificados e exemplarmente punidos.
Exigimos do Estado Brasileiro ações enérgicas para garantir que episódios de violência e barbárie, como os ocorridos em Tremembé/SP, não se repitam. A impunidade alimenta a escalada da violência e ameaça a luta legítima pela reforma agrária e pelos direitos dos trabalhadores rurais.
Um breve histórico do MST
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi fundado em 1984, no contexto da redemocratização do Brasil, como resultado da luta histórica pela reforma agrária e pela democratização do acesso à terra. Desde sua criação, o MST tem se destacado como um dos principais movimentos sociais do país, organizando trabalhadores rurais na luta por terra, reforma agrária e justiça social.
Com base em princípios como a solidariedade, a autogestão e a educação popular, o MST já promoveu a ocupação e distribuição de milhões de hectares de terra improdutiva, contribuindo para a construção de assentamentos que fortalecem a produção de alimentos saudáveis e agroecológicos. Apesar dos avanços, o movimento enfrenta constante criminalização e violência, muitas vezes perpetradas por interesses ligados ao agronegócio e por forças contrárias à reforma agrária.
Neste contexto, a luta do MST transcende a questão fundiária e se insere em uma luta mais ampla por direitos sociais, econômicos e ambientais, fundamentais para a construção de um Brasil mais justo e igualitário.
PUNIÇÃO AOS RESPONSÁVEIS POR ESSE BÁRBARO CRIME!
TODA A SOLIDARIEDADE AO MST!