CNG-FENASPS encerra semana de mobilizações com ato no ministério da Fazenda
A greve no INSS chegou ao 88º dia nesta sexta-feira, 11 de outubro. Esta já pode ser considerada uma das maiores greves da história da carreira do Seguro Social e da FENASPS, que está na luta desde junho de 1984, há mais de 40 anos, portanto, quando ainda vigorava uma ditadura militar no país.
Ao longo de quatro décadas, a FENASPS vem fazendo o enfrentamento aos ataques e defendendo os direitos da classe trabalhadora, e durante esta greve não poderia ser diferente. Nesta sexta-feira, 11, o Comando Nacional de Greve (CNG) encerrou uma semana de intensas mobilizações com um ato em frente ao Ministério da Fazenda. Veja na galeria de fotos abaixo:
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Por que Fazenda?
A ideia de realizar o ato em frente a este ministério se justifica pois o Ministério da Fazenda atualmente é o fiel da balança deste governo no modelo de conciliação com a burguesia e os grandes banqueiros. O ministro da pasta, Fernando Haddad, vem agindo como um leal empregado dos grandes bancos, dos fundos de pensão e do capital financeiro, de um modo geral, para garantir o recebimento dos juros da dívida pública. A aprovação do novo arcabouço fiscal é apenas uma das provas disso.
Durante o ato, a FENASPS salientou que a atual gestão do Governo Federal deve fazer a concessões para classe trabalhadora, e não os banqueiros, senão a derrota e o avanço do capital serão avassaladores sobre os direitos dos trabalhadores.
A greve deflagrada no Seguro Social está além das pautas específicas – que são sem dúvida fundamentais – cujos eixos centrais representam a defesa da Previdência Pública, do Serviço Público e da classe trabalhadora, e contra as políticas neoliberais de Estado mínimo.
Vale ressaltar que o ato realizado nesta sexta, 11, pela FENASPS será apenas o primeiro de muitos que ocorrerão no local; muito provavelmente vão ocorrer outras manifestações, com ainda mais adesão, já que deve se mobilizar também o conjunto dos federais para derrubar as contrarreformas da Previdência, trabalhista e a nova proposta de “Reforma Administrativa“, que está por vir sob os escombros da PEC 32.
A valorização da carreira e o reconhecimento das atribuições exclusivas dos servidores são a materialização da luta contra a reforma administrativa: são eixos da mesma luta e que devem permanecer no horizonte dos trabalhadores do Seguro e Seguridade Social e das demais categorias dos servidores federais.
É GREVE ATÉ A VITÓRIA!