Após 24 horas de ocupação, e com a revogação da portaria que criminalizava o movimento grevista, o comando de greve desocupa a Presidência do INSS
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Os dias 4 e 5 de setembro de 2024 ficarão marcados na história dos trabalhadores e trabalhadoras da base do Seguro Social. Após uma decisão autocrática do presidente do INSS que impunha faltas injustificadas para os servidores que permanecessem em greve, a FENASPS, o Comando Nacional de Greve (CNG) e militantes ocuparam a Presidência do INSS na manhã desta quarta-feira, 4 de setembro.
É importante ressaltar que o INSS já havia ingressado com ação no Superior Tribunal na Justiça (STJ), tornando a greve ilegal desde o dia 23 de julho, apenas uma semana após o início do movimento paredista, deflagrado em 16 de julho.
Novamente, a FENASPS salienta que a FENASPS não reconhece acordos assinados com entidades sindicais que representam apenas uma fração da categoria e que não submetem as propostas do governo a assembleias. Por isso, a greve no INSS continua!
24 horas de ocupação
Desde as primeiras horas da ocupação, iniciada por volta das 11h dessa quarta, 4 de setembro, a FENASPS providenciou alimentação (fotos e vídeos na galeria abaixo) para os militantes que ocuparam a Presidência do INSS, que permaneceram no edifício até às 11h desta quinta-feira, 5 de setembro, com a revogação do ofício assinado pelo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
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Solidariedade
A ocupação na Presidência do INSS repercutiu muito durante a tarde desta quarta, 4 de setembro. Além de aparecer com destaque no portal de notícias Metrópoles, algumas centrais e entidades sindicais manifestaram apoio ao movimento grevista, e aos militantes que ocuparam a sede do órgão em Brasília.
O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) publicou uma nota (clique na imagem abaixo) manifestando total apoio às(aos) companheiras(os) em greve há 50 dias, ressaltando que a imposição de falta injustificada trata-se “de um ataque não só aos servidores do INSS, mas ao direito constitucional de greve dos Servidores Públicos Federais (SPFs), pois cria um precedente terrível”.
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Já o Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo (Sintrajud), destacou que presidente do INSS “parece desconhecer que trabalha para um governo comandado por um ex-líder sindical e estar disposto a ameaçar os empregos dos trabalhadores para encerrar uma greve que já dura 54 dias”. Confira a nota aqui.
A Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), por sua vez, repudiou “o ataque do governo de Frente Ampla de Lula/Alckmin e do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que publicaram portaria que desconhece a greve dos servidores da autarquia”. A moção publicada pela CSP-Conlutas conta com a assinatura de mais de 60 entidades e movimentos sindicais e sociais. Leia aqui a moção.
Orientações do Comando Nacional de Greve
Após a vitoriosa ocupação na Direção Central do INSS, que resultou na revogação do Ofício Circular nº 5, que criminalizava a greve, retirando o código de greve e impondo falta injustificada para os(as) servidores(as), o Comando Nacional de Greve (CNG) da FENASPS orienta os trabalhadores(as) a:
- Fortalecer as caravanas de 9 a 13 de setembro de 2024;
- Ampliar e fortalecer a greve em todo país;
- Continuar buscando parlamentares para avançar no processo de negociação das pautas de reinvindicação da categoria.
A greve continua!
É a força da greve que vai garantir a nossa vitória!
Nossa tarefa é ampliar e fortalecer a greve em todo país!!
RESPEITEM A NOSSA HISTÓRIA!
É GREVE ATÉ A VITÓRIA!