Fenasps repudia ministro Guedes por associar servidores públicos a parasitas!
Guedes, que já aumentou a alíquota previdenciária, agora quer tirar 25% dos salários dos servidores públicos (charge: Luiz Duarte)
A Federação dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (FENASPS) repudia veementemente a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, que em um evento nesta sexta-feira, 7 de fevereiro.
Ao comentar sobre a reforma Administrativa, Guedes afirmou: “O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático“, ao criticar o reajuste anual de servidores(as) públicos(as).
Ainda segundo Guedes, os servidores públicos “já têm como privilégio a estabilidade no emprego e ‘aposentadoria generosa‘”. A reforma Administrativa, resumiu o ministro, se justifica porque a máquina pública, nas três esferas de governo, “não se sustenta financeiramente” por questões fiscais.
Mal sabe ele que a grande maioria dos trabalhadores do Executivo Guedes sequer recebeu aumento nos últimos três anos, e mesmo quando ocorreu, foi abaixo da inflação do período. Relembre os termos de acordo do Seguro Social (INSS), da Seguridade Social (CPST) e da Anvisa.
Para além disso, é inaceitável que uma autoridade pública proceda de maneira tão desqualificada, fazendo analogias levianas e querendo jogar a opinião pública contra esta categoria que todos os dias presta bons serviços à população.
A Fenasps, além de lembrar que o ministro é investigado pelo TCU por suspeita de fraude em fundos de pensão, ressalta que os verdadeiros parasitas são operadores de mercado lucram sobre o Estado, e desmontam e privatizam as instituições públicas. O atual caos no INSS é um dos atestados de incompetência deste ministro no tratamento de assuntos da administração pública!
Os servidores públicos exigem respeito! Nós honramos a profissão que garante atendimento a milhões de brasileiros e brasileiras todos os dias.
Paulo Guedes, se não tem argumento para defender esta reforma que ataca a classe trabalhadora, então CALE-SE!
Brasília, 7 de fevereiro de 2020