Fenasps

sexta-feira, 29/03/2019

Governo promulga decreto para impedir concursos públicos e facilitar terceirização no Serviço Público

1

O ministro da Economia, Paulo Guedes: mais exigências para os órgãos do governo pedirem novas contratações de servidores (foto: Daniel Marenco)

 

O governo endureceu as regras para realização de concursos públicos. O Decreto n° 9.739, editado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta sexta-feira, 29 de março, aumenta as exigências para os órgãos do governo pedirem novas contratações para servidores de carreira.

 

Para pedir um concurso, o órgão terá que apresentar ao menos 14 informações ao Ministério da Economia, responsável por autorizar as vagas. O órgão deverá demonstrar que as atividades que justificariam o concurso público não poderiam ser prestadas por equipes terceirizadas, por exemplo.

 

Por esta norma, o órgão deverá detalhar no pedido de concurso “o perfil necessário aos candidatos para o desempenho das atividades do cargo” e o impacto dessa força de trabalho no desempenho das atividades do governo. Essa regra foi editada para evitar vagas genéricas.

 

A equipe econômica pretende, com isso, que novos concursos só sejam abertos apenas para a atividade fim do órgão, e que as vagas sejam cada vez mais especializadas. Com isso, carreiras genéricas poderiam ser terceirizadas ou transferidas entre os órgãos.

 

Guedes já afirmou que o governo não pretende realizar concursos nos próximos anos e que a ideia é investir em digitalização. O decreto desta sexta-feira deixa a abertura de novas vagas no governo ainda mais difícil.

 

Por isso, o órgão que quiser concurso terá que apresentar dados a Guedes sobre o uso de soluções digitais que evitaram gastos com pessoal, mas não foram suficientes para cobrir a falta de servidores. Terá que dizer ainda se eventuais remanejamentos internos ou entre órgãos não foram capazes de resolver as necessidades por força de trabalho.

 

O órgão precisará informar também a evolução do quadro de pessoal nos últimos cinco anos, com movimentações, ingressos, desligamentos e aposentadorias e a estimativa de aposentadorias, por cargo, para os próximos cinco anos; e o quantitativo de servidores ou empregados cedidos e o número de cessões realizadas nos últimos cinco anos.

 

Mais de 10% do quadro do governo federal poderá se aposentar neste ano, segundo dados compilados pelo Ministério da EconomiaO decreto fixa em dois anos a validade máxima dos concursos, prazo que poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, caso haja previsão no edital e seja autorizado pelo ministro da Economia.

 

*Fonte: jornal Extra.

Últimas notícias

sexta-feira, 08/11/2024 Via ofício, FENASPS solicita audiência com INSS para debater retorno ao trabalho e reposição das demandas represadas da greve Em ofício protocolado nesta sexta-feira, 8 de novembro, a FENASPS solicitou uma audiência ao presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, com objetivo de dirimir os ...
sexta-feira, 08/11/2024 Reforma da Previdência, fim do RJU, lutas e resistência: veja o que a FENASPS debateu no 2º dia da Jornada para Assuntos de Aposentadoria Nesta sexta-feira, 8 de novembro, a FENASPS participou do 2º dia da Jornada para Assuntos de Aposentadoria, evento que teve iniciativa do Andes-SN, com ...
quinta-feira, 07/11/2024 Após reivindicação da FENASPS, INSS reverte corte de ponto de servidores grevistas Após a reunião com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) realizada nessa quarta-feira, 6 de novembro, o INSS atendeu à reivindicação da FENASPS ...