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quarta-feira, 27/01/2016

Campanha quer derrubar veto da presidente Dilma que impede auditoria da dívida pública

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Mais uma vez os servidores são chamados a participar de campanha para derrubar veto da presidente Dilma Rousseff (PT); agora ela quer impedir auditoria da dívida pública

 

O Auditoria Cidadã da Dívida (ACD) está em campanha para derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff (PT) à realização da auditoria da dívida pública com participação da sociedade civil. A auditoria está prevista no PPA (Plano Plurianual 2016-2019) aprovado em dezembro de 2015 pelo congresso, mas o artigo foi vetado pela presidente.

 

Auditar a dívida tem por objetivo corrigir as distorções no orçamento da União, que tem mais de 45% anualmente comprometidos com pagamento de juros e amortizações, impedindo que os recursos públicos sejam aplicados adequadamente nos serviços básicos essenciais à população como social, saúde, educação, mobilidade e outros, além de travar o desenvolvimento do país, uma vez que não permite a destinação de dinheiro para investimento em pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias.

 

Para derrubar o veto são necessários os votos de 257 deputados e 41 senadores e, para conseguir esse apoio, a coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fatorelli, faz um chamado a todas as pessoas, trabalhadores, estudantes, entidades, sindicatos, organizações, universidades, igrejas e movimentos sociais a participarem da campanha. Todos são chamados também a divulgar o vídeo e link para o site onde são encontrados os nomes, emails e telefones dos deputados e senadores e os três passos para envolvê-los na campanha e solicitar que votem pela derrubada do veto.

 

O site também traz uma petição de derrubada do veto que deve ser preenchida e assinada. Esses números (adesão de parlamentares e de assinaturas à petição) podem ser acompanhados em tempo real no “Assinômetro”.

 

A Fenasps participa da campanha por acreditar que a auditoria da dívida é um dos instrumentos capazes de reduzir o montante do orçamento destinado para o mercado financeiro, investidores nacionais e estrangeiros – que constam como maiores credores do Brasil no sistema da dívida pública. Em razão dessa obrigação financeira, o governo opta por políticas econômicas austeras de ajuste fiscal, provocando arrocho salarial e redução de direitos de todos os trabalhadores e aumentando as desigualdades sociais.

 

Veja abaixo os 10 motivos apresentados pelo ACD para realização da auditoria da dívida pública:

 

1. A auditoria da dívida está prevista na Constituição Federal de 1988, art. 26 do ADCT, mas nunca foi realizada;

 

2. Em 2009/2010, a CPI da Dívida realizada na Câmara dos Deputados encontrou diversos indícios de ilegalidade na dívida brasileira, apesar de diversos documentos terem sido negados à CPI pelo Banco Central e Ministério da Fazenda;

 

3. A Controladoria da União respondeu à CPI que nunca auditou a dívida;

 

4. A dívida pública é, de longe, o maior gasto do governo, consumindo quase R$ 1 trilhão por ano do orçamento público, sendo metade apenas para pagamento de juros;

 

5. A dívida pública representa quase 50% do orçamento federal, enquanto educação e saúde recebem menos de 4% cada;

 

6. Até hoje não se sabe exatamente de onde essa dívida surgiu, quais são seus contratos, porque pagamos esses valores e para quem são pagos.

 

7. Recentemente o Tribunal de Contas da União elencou dezenas de irregularidades na dívida pública e recomendou auditoria;

 

8. A sociedade que paga a conta tem o direito à transparência sobre a dívida pública e o direito de participar das investigações;

 

9. A auditoria da dívida já deu certo no Equador, que conseguiu anular 70% da dívida externa, liberando recursos para investimentos e desenvolvimento socioeconômico;

 

10. Quem não deve, não teme.

 

 

*Com informações do site do Sintrajud.

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