Fenasps

quarta-feira, 30/04/2014

Padilha teria indicado ex-assessor da Saúde para trabalhar com doleiro

 

 

Antes de indicar Marcus Cezar Ferreira de Moura para trabalhar no laboratório de Alberto Youssef, o petista teria recomendado o ex-assessor a uma entidade que administra planos de previdência. Ex-dirigentes da Geap contam que ele se vangloriava da proximidade com o ex-ministro

 

 padilha2014

A oposição quer separar a CPI da Petrobras de parte da Operação Lava-Jato para centrar a artilharia contra Padilha na Câmara dos Deputados  

 
A oposição no Congresso decidiu como estratégia apurar a relação entre o pré-candidato ao governo de São Paulo Alexandre Padilha (PT) e o doleiro Alberto Youssef no âmbito da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. A ideia é aprovar um requerimento de convocação, o que obriga o comparecimento do petista. A PF suspeita que Padilha indicou o ex-assessor do Ministério da Saúde Marcus Cezar Ferreira de Moura para trabalhar na Labogen, laboratório de fachada do doleiro. Agora, dois ex-dirigentes da Geap, fundação privada que administra planos de saúde e de previdência, ouvidos reservadamente pelo Correio, atestam que Moura se vangloriava, nos corredores da entidade, de também ter sido indicado pelo ex-ministro da Saúde — ele atuou na instituição logo após deixar a pasta e antes de ser contratado pela Labogen.

A principal trilha é descobrir como Moura virou o principal executivo do laboratório do doleiro. Os oposicionistas acreditam que, se ficasse provado que a ida dele para a Geap também teve o dedo de Padilha, o ex-ministro teria mais dificuldade de negar a relação com o doleiro Alberto Youssef. “O assunto Padilha tem conexão direta com Youssef. Faz parte de uma mesma trama. Claro que essa declaração dos ex-diretores merece investigação”, defende o senador Agripino Maia (DEM-RN), líder da legenda no Senado. Os oposicionistas avaliam que levar Padilha a uma CPI da Petrobras poderia abrir margem para o governo alegar novamente que há desvio de foco. “Perderíamos o nosso argumento de uma CPI exclusiva. O caso Padilha deve ser tratado com o devido rigor na Câmara, no âmbito das comissões”, completou Agripino.


Leia mais notícias de Política

O senador Alvaro Dias, do PSDB-PR, também teve o mesmo posicionamento. “O Senado está focado na CPI da Petrobras. O fato de Padilha não comparecer (na Câmara para se explicar) já implica em conclusões contrárias aos interesses dele. Ele tem o dever de se explicar. Ainda não conversei com o partido, mas acho que cabe mais à Câmara”, salientou.

 

materia2014

 

 

 

Fonte: Correio Braziliense

 

Antonio Temóteo

Amanda Almeida

João Valadares

 

 

 

Publicação: 29/04/2014

Últimas notícias

quarta-feira, 08/01/2025 Servidores(as) públicos(as) unidos pela democracia! Nesta quarta-feira, 8 de janeiro, lembramos a tentativa de golpe civil-empresarial-militar que ameaçou a nossa democracia, há dois anos, em 2023. O Fórum das ...
sexta-feira, 20/12/2024 Recesso de final de ano: confira o expediente da FENASPS O ano de 2024 foi muito intenso. Debates no Congresso Nacional, mobilizações nas ruas, atividades em Brasília e em várias partes do país, a ...
sexta-feira, 20/12/2024 FENASPS estuda medidas cabíveis contra novo reajuste nos planos da GEAP anunciado para fevereiro de 2025 A FENASPS se reuniu com o diretor-presidente da GEAP, Douglas Figueredo, e demais membros da diretoria nessa terça-feira, 17 de dezembro, a partir de ...