Em São Paulo, seguranças do edifício da Geap agridem manifestantes do Sinsprev/SP e chamam PM
PM discute com aposentada no auditório da Geap em São Paulo. Veja vídeo feito durante manifestação
Em uma atitude covarde e de total desrespeito aos assistidos um segurança do edifício da Geap empurrou pelas costas uma diretora da Fenasps enquanto ela aguardava, na porta, a chegada dos aposentados que iriam realizar uma manifestação contra o aumento abusivo do plano de saúde, em 25 de fevereiro de 2014. Quando questionado do por que da agressão, o segurança a empurrou outras vezes, deu um murro em suas costas e um tapa em sua orelha, os demais manifestantes impediram que as agressões físicas tomassem proporções maiores. Ao mesmo tempo, uma segurança arrancou de forma truculenta o apito da boca de uma diretora do Sinsprev/SP.
Os aposentados não se deixaram intimidar pelas agressões e ocuparam o prédio, instalando-se no auditório e exigindo a presença do superintendente da Geap, Roberto Godinho, porém os primeiros a chegarem foram os Policiais Militares que queriam levar as diretoras do Sinsprev/SP e da Fenasps à Delegacia. Mesmo depois de informados de que a agressão partiu dos seguranças e que os manifestantes apenas se defenderam, os policiais militares insistiam em efetuar as prisões. Apenas descartaram as prisões e o registro da ocorrência em Delegacia, quando os presentes declararam que deveriam solicitar reforços e ônibus para transportar os cerca de 300 manifestantes que ali estavam, pois não permitiriam mais esse tipo de agressão.
O Sinsprev/SP e a Fenasps lamentam que a política de cerceamento de direitos instaurada no país chegue ao ponto de trabalhadores agredirem outros trabalhadores que reivindicam seus direitos.
Reivindicações
Após todo o conflito, o gerente de credenciamento, Marcelo Patrocínio, que está substituindo o superintendente em suas férias, compareceu ao auditório. O Sinsprev/SP leu manifesto da categoria abordando que a Geap, com os sucessivos aumentos abusivos, exclui do plano de saúde os idosos, aposentados e pensionistas, principalmente os de menor renda, ferindo o princípio de solidariedade.
Os manifestantes tiveram a oportunidade de relatarem os problemas que estão enfrentando para o atendimento na precária rede credenciada da Geap. Os servidores expuseram à inexistência de qualquer cobertura em muitos municípios, a negativa de atendimento com a alegação da falta de pagamento por parte da Geap e, ainda, as inúmeras dificuldades que encontram para a liberação de exames e cirurgias.
Os servidores dos municípios em que a Geap assinou convênio com a Unimed também informaram que têm encontrado inúmeras dificuldades de atendimento.
O gerente de credenciamento comprometeu-se em realizar reuniões regionais para estudar o credenciamento de profissionais, laboratórios e hospitais. Declarou que os aumentos nas mensalidades estão foram do alcance das superintendências estaduais, sendo de inteira responsabilidade da administração central, em Brasília. Também se comprometeu a encaminhar o documento entregue pelo Sinsprev/SP tanto ao superintendente estadual quanto para a Administração em Brasília.
O Sinsprev/SP e a Fenasps continuarão denunciando os aumentos abusivos da Geap, bem como a ineficiência da rede credenciada que tem colocado os assistidos em situações constrangedoras diante da negativa de atendimento em consultórios, laboratórios e hospitais e, ainda, obrigando-os a viajarem para buscarem aquilo que têm direito em suas cidades de origem.
Veja as fotos da manifestação.
*Fonte: Sinsprev/SP.