Greve traz conquistas importantes, e categoria suspende a paralisação na Saúde Estadual no ES
Trabalhadoras e trabalhadores da Saúde do ES aprovam a suspensão do movimento paredista. E a manutenção do estado de greve
As trabalhadoras e os trabalhadores da Saúde do Estado do Espírito Santo (ES) suspenderam a greve da categoria, após 16 dias de paralisação em toda a rede pública estadual. A decisão foi tomada pela assembleia geral do Sindsaudeprev, realizada nessa quarta-feira, 27 de novembro, no Centro Sindical dos Bancários, em Vitória.
A assembleia, que contou com ótima representação da categoria, aprovou ainda o estado de greve na Saúde por tempo indeterminado. Por isso, a greve pode voltar! Sobretudo se houver algum recuo por parte do governo em relação às negociações. E também se vierem novos ataques contra a classe trabalhadora.
Vale destacar que a Saúde só teve conquistas importantes por conta da greve. Afinal, o governo Casagrande não tem compromisso com a Saúde Pública. Ele vive retirando direitos dos trabalhadores. O governador confunde negociação com enrolação e não respeita o direito de greve. Isso porque, ele entrou na Justiça pedindo a ilegalidade da greve, que é um instrumento legítimo do trabalhador.
Categoria marca presença no Centro Sindical dos Bancários, refletindo o que foi feito nos locais de trabalho durante a greve!
Além disso, o governo Casagrande não negociaria nem sequer a insalubridade que ele retirou em julho de 2012, se não fosse a deflagração e a continuidade da forte greve que os trabalhadores realizaram entre os dias 11 e 27 de novembro de 2013.
Ou seja, foi a disposição e firmeza na luta da categoria da Saúde que possibilitaram os avanços. Confira abaixo os pontos conquistados:
- Em janeiro de 2014, os trabalhadores receberão o valor retroativo da insalubridade que não foi paga desde julho de 2012. E receberão em parcela única. (Todos os servidores, inclusive os da Central Administrativa vão receber essa parcela única que é referente à insalubridade que não foi paga pelo governo de julho de 2012 até agora);
- Os trabalhadores do antigo Iesp (Instituto Estadual de Saúde Pública) não serão excluídos da insalubridade, assim como os trabalhadores municipalizados. (Isso vale para parcela retroativa que será paga em janeiro de 2014. E vale também para a nova insalubridade);
- A insalubridade vai ser paga de acordo com a atividade do trabalhador e não de acordo com o cargo. (Isso valerá para a nova insalubridade, que será aprovada pela Assembleia Legislativa);
- Uma Comissão, com participação do Sindsaudeprev, terá de 90 a 120 dias para avaliar as atividades que terão direito à insalubridade. Isso será feito a partir de janeiro de 2014. (Os trabalhos desta Comissão se referem à nova insalubridade).
Nesta quinta-feira, 28, o Sindsaudeprev encaminhou esses e outros pontos deliberados pela assembleia para o governo. E depois vai aguardar a oficialização dessas conquistas.
Fique ligado! Acompanhe as páginas do Sindsaudeprev e da Fenasps, que vão trazer mais informações sobre o andamento das negociações, em breve.
Reunião na Seger
Seger convoca reunião antes da assembleia e mostra avanços
Antes da assembleia, diretores do Sindsaudeprev estiveram na Secretaria Estadual de Gestão e Recursos Humanos (Seger-ES), onde foram comunicados das mudanças propostas pelo governo do Estado. Para o sindicato, essa reunião só foi marcada por conta da continuidade da greve, decidida em assembleia no dia 20 de novembro.
Na reunião foi informado que o projeto de lei da insalubridade deve ser votado ainda este ano pela Assembleia Legislativa.
Estado de greve e mais reivindicações
A greve na Saúde foi forte, e as trabalhadores e os trabalhadores compareceram em peso nos piquetes nos hospitais na Grande Vitória e no interior.
E isso serve de alerta ao governo Casagrande. Pois, a categoria ainda tem muitas reivindicações que não foram contempladas. As pendências do subsídio são um exemplo disso.
Portanto, governador! O estado de greve está aí! E a Saúde, em qualquer momento, pode deflagrar nova greve em luta pelas correções no subsídio, contra o assédio moral e sexual, por melhores condições de trabalho e pelo fim das privatizações dos hospitais públicos.
E essa greve mostrou a força que a Saúde tem para isso.
*Fonte: Sindsaudeprev/ES.