Estudo da Fiocruz aponta a falta de médicos como principal problema do SUS
Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado neste mês, aponta que a escassez de médicos é um o principal problemas do Sistema Único de Saúde (SUS). O dado é baseado em uma pesquisa de opinião realizada, entre os dias 3 e 19 de novembro de 2010, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), na qual 58,1% das 2.773 pessoas entrevistas de todas as regiões do país acreditam que a falta de médicos é a principal deficiência do SUS.
O estudo da Fiocruz demonstra também que apenas 5 unidades da federação – Espírito Santo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, em ordem crescente da relação médico/habitante – têm mais de um médico para cada mil habitantes, índice considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como parâmetro ideal para bom atendimento à saúde da população.
Ainda segundo material divulgado pela Fiocruz, mais de 1900 municípios têm menos de 1 médico para 3 mil habitantes na atenção básica e cerca de 700 cidades brasileiras apresentam altos índices de insegurança por escassez de médicos, sendo que a maioria delas não tem sequer 1 médico residindo no município.
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Região amazônica é a que mais sofre com a escassez de médicos (clique para ampliar)
Falta atenção à saúde indígena
Usando dados do Ministério da Saúde, a Fiocruz dividiu a taxa de concentração de médicos em três faixas (veja na imagem acima), de acordo com a dificuldade de atração e fixação desses profissionais. A faixa de maior concentração de médicos ocorre nas capitais e municípios das regiões metropolitanas, seguida dos municípios no Nordeste, Centro-Oeste e Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
As regiões brasileiras mais carentes em médicos são os municípios da Amazônia Legal, cidades de fronteira internacional e municípios prioritários da saúde indígena.
Confira aqui a íntegra do estudo da Fiocruz.