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segunda-feira, 03/05/2021

1º de maio com luta e protestos no Brasil e no mundo!

Charge: Latuff (clique para ampliar)

Neste 1º de Maio, os(as) trabalhadores(as) ocuparam as ruas, no Brasil e no mundo, protestando diante da piora nas condições de trabalho e com o agravamento na situação sanitária, pela vida, e contra o genocídio que a classe trabalhadora mundial está submetida. Confira as fotos no final da matéria.

Na luta por sobrevivência, os(as) trabalhadores(as) enfrentam, de um lado, a crise econômica, e de outro, a pandemia de Covid-19, desde o ano passado já infectou mais de 153 milhões de cidadãos e resultou em 3,2 milhões de óbitos, em todo o mundo. A economia pós-pandemia deixou aproximadamente 900 milhões de precarizados ou desempregados no planeta.

Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que, em 2020, o mundo possuía 870 milhões de pessoas na miséria, com insegurança alimentar, sendo 125 milhões de brasileiros(as) famélicos(as), sobrevivendo nestas condições.

A classe trabalhadora brasileira vive uma tragédia sem precedente na maior pandemia deste século, com quase 15 milhões de infectados e mais de 408 mil vítimas fatais da Covid-19, em pouco mais de um ano.

Àqueles(as) que não faleceram diante da pandemia, fica um dano permanente, e um rastro de famílias destroçadas num país à deriva. O Brasil já vinha sofrendo com a crise econômica desde 2014, todavia, após a pandemia, a taxa de novos brasileiros desempregados atingiu 14,4% ou 15 milhões de pessoas. Somam-se a este índice 70 milhões de brasileiros que estão sobrevivendo em empregos temporários, precarizados, uberizados, ambulantes (camelôs) e intermitentes.

Cumprindo seu papel histórico na defesa dos trabalhadores, na luta contra a miséria e a fome, por vacina para todos(as), e em defesa da democracia, milhares de trabalhadores(as) realizaram atos nos 26 estados do país, e no Distrito Federal (veja como foi o ato do Fonasefe), com atividades presenciais controladas para evitar disseminação do vírus; praticando a solidariedade, coletando e distribuindo alimentos às famílias carentes; reivindicado melhores condições de vida e trabalho e cobrando que as autoridades decretem o lockdown para salvar vidas.

Por fim, os trabalhadores exigem que os parlamentares da CPI da Covid tenham coragem de apontar quem são os responsáveis pelas milhares de mortes e punir os culpados pelo caos da pandemia.

Atos fascistas no 1º de Maio

Num retrocesso sem igual no Brasil, as milícias bolsonaristas convocadas pelo gabinete do ódio, a exemplo do que faziam os fascistas e os nazistas na Europa na década de 1930, realizaram atos no Dia 1º de Maio usando como palavra de ordem: “Autorizamos o Presidente”.

Abusando do cinismo e da hipocrisia, estes grupos minoritários defenderam o fim das proteções e o que restou dos direitos dos trabalhadores, certamente para continuar matando os pobres.

Nesta marcha, a extrema direita está usando a palavras de ordem dos apoiadores da época do golpe militar de 1964 na marcha, “Família com Deus e Liberdade”. Estes seres das trevas estão pedindo intervenção militar, o fechamento do Congresso Nacional e do STF, e a prisão dos ministros e de todos que se opuserem a este governo genocida. Houve agressões de militantes e jornalistas em Brasília, Recife, São Paulo e Rio de Janeiro.

O presidente da República, transtornado e com medo da CPI da Pandemia, após sobrevoo em Brasília, num ato de apoio as ações que atentam contra a democracia, defendeu o trabalho escravo, reafirmando que no seu mandato não será regulamentada a Emenda Constitucional (EC) 81 de 2014, que pune com expropriação a propriedade rural que pratica trabalho escravo.

Segundo o presidente, a EC nº 81 deve ser revisada, pois torna “vulnerável” a questão da propriedade privada no Brasil. Contudo, para ele, o trabalho escravo, a miséria e a fome não colocam o país em risco. Bolsonaro também defendeu a prisão dos trabalhadores sem-terra acusando estes de terrorismo.

É notável que o autoritarismo ganha força com as tentativas de criminalizar os movimentos sociais! Os fascistas querem transformar a Polícia Federal (PF) em uma milícia institucional, forjando inquéritos contra as lideranças dos movimentos sociais, sindicais e indígenas.

Este governo deseja que os integrantes da PF sejam aparelhados para abrir inquéritos e investigações contra os governadores, alimentando a tropa de choque na CPI da Pandemia, e municiar com fake news o gabinete do ódio, que funciona dentro do Palácio do Planalto.

Esta organização criminosa é composta por 12 mil robôs e pelo menos 15 mil perfis nas redes sociais, financiada ilegalmente por empresas e verbas públicas. Desde 2019 estão sendo investigadas pelo Congresso, STF e Ministério Público Federal.

Unidade de classe

Para enfrentar os ataques como a PEC 32 (reforma Administrativa), as privatizações de empresas públicas, é necessária e urgente a ampla unidade da classe trabalhadora, numa frente de luta ocupando as ruas, fazendo pressão nos parlamentares nas cidades, nos Estados e virtualmente.

É necessário construir comitês de luta para mobilizar a população trabalhadora, para derrotar os fascistas numa luta por direitos, pela democracia e conquistas civilizatórias.

Somente a luta coletiva trará vitórias!

Confira as fotos das manifestações do 1º de Maio, separado por estado, em ordem alfabética:

Bahia (BA)

Em Salvador, capital baiana, o ato foi realizado em frente ao Farol da Barra, local emblemático e tradicional de manifestações políticas na cidade. Veja abaixo as fotos:

Clique para assistir este vídeo em tela cheia

Paraná (PR)

No Paraná, foram registradas atividades na capital Curitiba, e no oeste do Estado, em Cascavel, onde houve distribuição de cestas básicas, e em Maringá. Clique na legenda das fotos para ampliar.

Clique para assistir este vídeo em tela cheia

Pernambuco (PE)

Em Recife, houve grande ato político na ponte Maurício de Nassau, no centro da capital pernambucana. Veja fotos:

Santa Catarina (SC)

Militantes reivindicando vacinação, auxílio emergencial e a defesa do serviço público realizaram um protesto, na manhã deste sábado, em frente à Catedral Metropolitana de Florianópolis/SC.

Clique para ampliar (divulgação: CUT)

São Paulo (SP)

Na capital paulista houve carreata, e em São José dos Campos, no interior, houve uma assembleia de trabalhadores(as) do setor Químico. Veja abaixo as fotos:

Protestos realizados pelo mundo

França

Na França, operários franceses trancaram chefes dentro de fábrica durante protesto. A prática é conhecida como bossnaping (sequestrar o patrão) está cada vez mais difundida no país. Veja fotos de protestos no país:

África do Sul (Joanesburgo)

Alemanha (Hannover)

Colômbia

Após quatro dias de intensos protestos na Colômbia, o presidente do país, o neoliberal Ivan Duque, afirmou neste domingo, 2 de maio, que vai retirar a proposta de reforma tributária. Saiba mais aqui. Vitória do povo colombiano!

Filipinas (Manila)

Hong Kong

Índia (Nova Déli)

Iraque (Bagdá)

Irlanda (Dublin)

Itália

Quênia (Nairóbi)

Rússia (São Petersburgo)

Turquia (Instambul)

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